Esta exposição explora a interseção entre figuras culturais icônicas do século XX, destacando seus papéis no Movimento Modernista. Três personagens – a cantora e atriz Joséphine Baker (1906-1975), o arquiteto Adolf Loos (1870-1933) e o historiador de arte Gregor Paulsson (1889-1977) – são tematizadas por meio de seus impactos estéticos, políticos e sociais no Modernismo.
O primeiro ambiente apresenta esculturas móveis e pinturas inspiradas em Joséphine Baker, celebrando sua persona como uma mulher afro-americana que cativou a França e a Europa no início do século XX. As esculturas móveis incorporam objetos ligados à carreira de Baker, contrastando com pinturas abstratas em tons de cinza e preto que fazem referência à ‘Casa Baker’, um projeto não realizado do arquiteto Adolf Loos para a atriz, no auge de sua fama, mas ainda sujeita a preconceito em uma sociedade europeia predominantemente branca.
Na segunda sala, na obra Coleção Fantasma, o foco desloca-se para a modernidade funcionalista sueca, inspirada no lema de Gregor Paulsson: “Objetos do cotidiano mais bonitos”. Prateleiras exibem objetos de vidro e cerâmica criados com a intenção de tornar a beleza acessível e democrática. A instalação entrelaça vidro e luz, criando um espaço que mistura referências históricas, políticas e contemporâneas. O Fantasma é uma nova versão de A Coleção Fantasma, originalmente exibida em 2021 no Södertälje Konsthall, em Estocolmo.
Foto: Birger Lipinski