Para a exposição Stockholm Cosmology, foi criada uma instalação composta por oito móbiles. O foco central recai sobre Rolf de Maré (1888-1964), colecionador de arte sueco e fundador do Les Ballets Suédois em Paris, junto com seu companheiro, o coreógrafo Jean Börlin (1893-1930). Além de dois móbiles que evocam os dois personagens, outros seis fazem referência a algumas das produções da companhia, uma das mais emblemáticas do início do século 20.
A instalação cria uma narrativa para Rolf e Jean e sua companhia, que de certa maneira foi uma “síntese da arte moderna”. Eles desafiaram os valores tradicionais, tanto na vida privada como no palco, inovando com a fusão da dança, música, artes visuais, poesia e pantomima, com destaque para a figura do corpo masculino andrógino, para criar uma experiência da obra de arte total.
Nesse trabalho como em outras instalações, os móbiles, enquanto retratos em movimento, são capazes de captar e de transmitir a essência das figuras que tematizam, evidenciando um convite à reflexão crítica sobre um momento determinado da história.
Foto: Mattias Lindbäck, Laercio Redondo